domingo, dezembro 31, 2006




Se o vai e vem fosse e viesse
o vai e vem ía
mas como o vai e vem vai e não volta
o vai e vem não vai!

sacou?!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Virada com estilo musical - a independência!


A partir de hoje vou começar a dar dicas de CDS.
A partir de hoje vou começar a opinar sobre música sem entender muito sobre, afinal o bolg é meu.
O que me fez tomar essa decisão e passar talvez por burra? (pois falar sobre o que não conhecemos geralmente leva a isso)...Ver muitas dicas de final de ano, lista dos 10 melhores, lista dos tops, lista dos mais tocados, dos mais vendidos, dos mais baixados, dos mais ouvidos...foram tantas, e não necessariamente boas, que me perdi, e perdida em meio a tanta música decidi entra na roda e cantar pra subir!
Final de ano pede energia! Início de ano pede fôlego e mais energia!
Virada pede música!...Pede independência musical!
Achar bom indiferente do gênero, mantendo apenas uma condição, ser de qualidade, ser bom pros ouvidos, proporcionar prazer.
Começarei por um título brasileiro; Nando Reis e os Infernais se superaram no seu último trabalho Sim e Não. Comercial pero no mucho; belas músicas, melodias gostosas, sentimento, pra alguém que quer conteúdo e de repa um romance, esse CD é uma boa pedida, pois a voz é do Nando né!
*Melhores músicas: Santa Maria e Nos seu Olhos.
Depois dei um brusco pulo, fui parar no pop internacional; mas será só pop mesmo?! Essa é a pergunta que me fiz ao escutar Christina Aguilera no Back to Basics. Ela se puxou, cantou como as negras americanas, acho que era essa a intenção (pop, hip hop, jazz e R&B),reconhecível apenas pelos seus gritinhos que são sua marca. O CD é bom mesmo, dá vontade de dançar, da vontade de cantar, da vontade de agarrar alguém e sair dançando junto(chegar de pertinho).Realmente essa foi uma indicação das listas que valeu a pena!
*Melhores músicas: Slow Down Baby e On Our Way
Encerrando minhas indicações, volto eu a um estilo que acho pouco ouvido, tanto no sentido de conhecido quanto tocado, mas não diminui em nada sua qualidade e malemolência! Falo claro do Jamiroquai que nesse final de ano lançou uma coletânea com seus maiores sucessos intitulada High Times: Singles 1992-2006. Eu adoro esse som meio disco, meio insinuante do Jamiro, sempre que escuto imagino aquele globo brilhante meeeeega grande das antigas boates, muita gente dançando e curtindo mesmo! Som bom pra um sábado à tarde, após o almoço quando tu tem que encarar uma pilha de louça, dá um animo, tudo fica mais bacana!
*Melhores músicas: Virtual Insanity, Feels Juts Like it Should e Everyday (essa é por fora, pois é do CD Travelling Without Moving)
Daqui pra frente será uma dica de CD por mês, ou mais se eu tiver tempo.
Curto música e curto opinar, morta a coruja!
Sem mais delongas...
Um belo 2007 pra todos!
Que seja MARAVILHOSO enquanto durar (365 dias)!


**foto cedida pelo Dj Jx da rádio Cidade 92.1 FM.
Valeeeeu comandante!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Verão


Vai começar o verão... ou melhor começou o inferno do calor já!
Inicia-se dia 21 de dezembro a estação mais quente dos trópicos, ainda mais nós, no sul do continente Americano.
Sim, a Sul-América calhente, a américa da sensualidade, do rebolado, das praias paradisíacas, do biquini asa delta, da pouca roupa, da transpiração, do suor..
ai,ai..o verão...estação da curtição, da vadiagem, do bronzeado... e do suor fedorento, das noites mal dormidas, de mal estar por causa da pressão baixa ou alta, da vontade de não fazer nada, pois só de pensar o sol na moleira..nooooooooossa calor infernal!
A única coisa boa do verão é a praia, a piscina, e a caipiriha gelada, já que não gosto de cerveja...entre outras cositas mais, como garotos sarados, bronzeados, sorrindo simpaticamente pra ti no quiosqui!
Só gosta de verão quem tá aproveitando no lugar adequado!
Nota-se que, não sou muito fã dessa estação, pois não estou na praia, e como muitos sul-americanos, trabalho quando a maioria das pessoas tira férias...
Recalque por não estar na praia?
Recalque por não ter um corpinho pra colocar pouca roupa?
Recalque por estar trabalhando ao invés de estar dentro do mar? talvez...
Aproveite o verão!
Aproveite do seu jeito...
enquanto isso, eu em Porto Alegre City, tento dormir em paz com mosquitos e noites de 32,35 graus!

sábado, dezembro 09, 2006

A Utopia


Nada melhor do que o último mês do ano!
E nada melhor do que uma reflexão para celebra-lo.
Na verdade darei meu parecer sobre um dos livros que eu terminei de ler a pouco: ‘A Utopia’ de Thomas Morus.
Digo de primeira que sim, é uma leitura inquietante, inquietante como só o questionamento na alma humana sabe ser.
O livro é a narrativa de Rafael Hitlodeu a Pedro Gil e ao próprio Thomas sobre sua estadia de dois anos na ilha de Utopia.
A ilha como o nome mesmo já diz é uma utopia, pois ali existe não só a polis perfeita, como a sociedade perfeita, a economia, a arquitetura, os ofícios, as funções sócias, a religião, a política, tudo, absolutamente tudo perfeito. (acreditem, tudo funciona!)
Ao longo da leitura eu chegava a me revirar; imaginar uma sociedade como a dos utopianos é algo muito difícil, pois como Rafael mesmo disse mais de uma vez durante sua narrativa nossos vícios já são tão fortes, tão enraizados, que nos cegam totalmente a uma outra possibilidade de ‘realidade’. Tudo que valorizamos os utopianos desprezam, tudo o que acreditamos ser certo os utopianos já sabiam e aplicavam, tudo o que imaginamos que nos torna pessoas melhores os utopianos já são...
Teve momentos que pensei que morar na ilha seria uma chatice, pois os utopianos desconhecem o prazer proporcionado pelos pecados, mas para eles o prazer, a volúpia, já atingiu um outro patamar, ao qual eu tive que dar o braço a torcer e reconhecer que é valido. Segue um dos vários trechos que me convenceu: “Eles se entregam acima de tudo aos prazeres do espírito, que encaram como o principal e mais essencial de todos os prazeres; colocam no plano dos mais puros e mais desejáveis a prática da virtude e a consciência de uma vida sem mancha. Entre as volúpias corporais dão preferência à saúde porque não se deve procurar a boa mesa e os prazeres da vida animal, senão visando à conservação da saúde, visto que essas coisas não são deleitáveis em si mesmas, mas unicamente em virtude de se oporem à inversão secreta da moléstia.”
Porque trouxe isso no meu blog? Muito simples.
Tentei mostrar as pessoas que é possível mudar as coisas, ou que no mínimo podemos pensar, enxergar diferente. Foi o que aprendi lendo esse livro, que apesar da obra ser considerada a pré-configuração do socialismo, deixar de lado o que valorizamos para tentarmos valorizar coisas que nunca imaginamos antes é um exercício difícil, muito difícil. Foi difícil pra mim ao menos, imaginar essa civilização, esse sistema, essas pessoas e eu inserida nessa vida, nesse estilo tão atípico a nossa realidade.
Desconsiderando os sentimentos alheios do ser humano na sua imperfeição, Tomas nos mostra que apesar da Inglaterra do século XVI ser/estar corrompida, errada, existe uma ilha que prova que tudo (o certo) é possível.

*todos os créditos são para ela, agradeço a minha dinda querida que sempre me apresenta livros que me ajudam a refletir!