Acho que fiz bem
"Pedi a ele uma DEFINIÇÃO. Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. No plano REAL: que história é essa? No que depende de mim, estou disposto & aberto. Perguntei a ele como se sentia. Que me dissesse. Que eu tomaria o silêncio como um não e ficaria também em silêncio. Acho que fiz bem."
Caio Fernando Abreu
Um amigo tem esse texto em seu perfil.
Não sou dada a agrados, pois sou difícil, muito.
Mas deste pequeno texto me agradei, muito.
Ele diz tudo, tudo o que deve sem dúvida nenhuma ser dito, o resto da conversa são suspiros, olhos com algumas lágrimas, ou mesmo surpresa.
Pelo menos creio que é certo.
Na simplicidade pra resolver toda e qualquer situação, e principalmente nas deste tipo.
Segue-se em frente, foca-se em outras coisas.
Sabendo do seu valor, o resto passa a ser brinquedo, pois se você sabe o que você é e principalmente o quanto vale, TUDO se resolve.
Desapego faz parte do processo.
Reciprocidade e consideração é fundamental.
Um é um, dois são dois. São diferentes, mas ainda sim, dividir e multiplicar deveria ser o combustível e quando não é, termina.
A boca fala - pelo menos deveria.
O silência fala - muito mais do que deveria.
É assim que se percebe as coisas, pelo menos é como percebo.
Detalhes, são apenas isso detalhes, para que haja clareza, tem que estar diante dos olhos, na cara, e para ser perfeito, a centímetros.
Dos meus exageros, não espero simplicidade dos outros, na verdade não espero nada dos outros.
Espero de mim, das minhas certezas, da pessoa que eu sou (e só eu sei) e da pessoa que eu quero me tornar.
Defini assim, e assim vai ser, até que eu mude de ideia.
Acho que fiz bem.
*escrito ao som de I know do Placebo.

