terça-feira, abril 20, 2010

Me carreeeeeeeeeuga pra Metz!


Abro o site do Ig e me deparo com o seguinte:
"Metz: A nova capital mundial da arte"
Interessada clico no link e leio o seguinte lead:
"No dia 12 de maio, a cidade de Metz, no nordeste da França, ganha um Centro Pompidou e passa a ter status de capital internacional da arte contemporânea"

Metz, cidade do nordeste francês ganhará um Centro Pompidou no dia 12 de maio.
Como podemos ver na foto, o desing moderno e seu teto em formato de chapéu branco, transformará a cidade em uma das capitais mundiais de arte contemporânea, disputando com Bilbao, NY, Veneza, Londres e a própria Pompidou de Paris.

Com 60 mil obras de arte, o novo museu pretende dar mais espaço às produções dos séculos XX e XXI, pouco valorizado nos museus mais tradicionais.

A abertura foi batizada de “Chefs d´oeuvre?”, com obras em sua maioria provenientes do museu de arte moderna parisiense (Centro Pompidou). No total, 800 obras vão ocupar todos os espaços do edifício, com cerca de cinco mil metros quadrados de espaço expositivo.

A ideia central da primeira mostra é questionar a noção de obra de arte, mostrar sua evolução e as tendências. Haverá pintura, escultura, instalação, artes gráficas, fotografia, vídeo, arte sonora, cinema, arquitetura e design.
A diversidade das expressões artísticas confirmam a vocação multidisciplinar do Centro Pompidou.

Só posso dizer uma coisa diante disso:
Me carreeeeeeeeeuga pra Metz! ^^

Adoro tudo isso, adoro esquipamentos culturais! Ui!

segunda-feira, abril 19, 2010

Uma rapidinha (quase que literal) - Quadrinhos Eróticos de Milo Manara


Sempre consumi quadrinhos, pois gosto muito dessa alternativa à literatura tradicional.
Claro que não estou falando de quadrinhos infantis, pois temos ainda a mania de estigmatizar HQs ao estilo Turma da Mônica (que inclusive adolesceu nos últimos tempos..).
Me refiro a quadrinhos adultos, os graphic novels, a evolução natural aos enredos mais complexos e do próprio formato, que nessa caso é diferenciado - livros, muitas vezes de capa dura ou mesmo revistas com grande número de páginas. Nomes que são exemplos das GN: os grandes mestres Neil Gaiman (Sandaman - primeiro autor a trazer referências à mitologia e a psicologia aos HQs), Frak Miller (300 de Esparta) e Alan Moore (V de Vingança e Watchman) .

No caso das GN sabemos que todo o processo de produção é pensando, o roteiro é extremamente elaborado, e possui exatamente o mesmo peso que a arte em sim, a grafia e etc.
Confesso que minha proximidade começou com os mangás, quadrinhos japoneses (gêneros shoujo e shonen), aos 17 anos, e daí para frente me afundei mais ainda, pois tenho coleções inteiras!

Por saber desta minha paixão por quadrinhos, meu amigo Léo me deu de presente a história "Encontro Fatal" de Milo Manara, um dos maiores referências em HQs. Capa dura, edição de colecionador mesmo, vide foto do post.
Milo é italiano, natural de Luson, nascido em 1945.

Um dos lugares que tem a produção mais requintada em se tratando de HQs, a Itália de Manara tem outros nomes de tradição como de Gianluigi Bonelli (Tex) e Hugo Pratt (Corto Maltese).

Manara trata de temas como bondage (tipo específico de fetiche, geralmente relacionado ao sadomasoquismo), sadismo, voyeurismo, coisas sobrenaturais, e a tensão sexual sob diversos aspectos da/na sociedade.
Claro que Milo não trabalhou só com isso, mas minhas histórias preferidas, são as que contém justamente essa vertente erótica fantástica, sendo essa característica que o transformou numa referencia mundial nesse gênero.
Segundo conhecedores: "Os quadrinhos de Manara geralmente giram em torno de mulheres elegantes, bonitas, expostas a cenários e enredos eróticos improváveis e fantásticos."
E realmente, É SEN-SA-CI-O-NAL!

Lembro de ter lido numa revista Aplauso de 2008 uma reportagem sobre a ascensão dos quadrinhos, visto que a complexidade das histórias vai muito além de herói, vilão e donzela em perigo. Nela dizia que nunca HQs foram tão consumidos como nos dois últimos anos. Bom para nós! ^^

Informação de utilidade pública: Todo primeiro sábado do mês rola no Mercado Público uma "feira" de gibis, eu já fui e comprei um Tex!..ehehehehe!
Descobri outros dois lugares em Porto Alegre que enriquecem o mercado dos HQs, a Tutatis Revistaria (Av. Assis Brasil) e o Gibi Bar (Bom Fim - www.gibibar.blogspot.com) que une gibis e gastronomia!

Pretendo ir logo no Gibi Bar, pois não teria coisa mais linda juntar Manara, vinho e pratos italianos!!

domingo, abril 18, 2010

Show Placebo - Tour Battle For The Sun

O Placebo se apresentou em Porto Alegre no dia 13 de abril, e fez um show sensacional no Pepsi On Stage!
E não, não é apenas a opinião de uma fã, fui esperando quase nada, além das típicas músicas boas.
Pensei eu com meus botões: "um cantor belga, um baixista suéco e um novo baterísta (belamente tatuado diga-se de passagem)norte-americano, 'deusdocéu', o que vai ser isso no palco??"

O show apresentava o novo trabalho da banda "Battle for the Sun", que sem sombra de dúvida vou consumir desenfreadamente. Eu que conhecia só duas músicas desse trabalho, me surpreendi de ver a geral cantando junto.
A banda revisitou também velhos sucessos como "Special Needs", "Taste In Men", "Special K", "Infra-Red" e a clássica "Every You Every Me".

Mas como abril tem sido o mês dos "bons momentos e das surpresas agradáveis", a presença de palco enooooooorme da banda foi a grande surpresa da noite.
Brian Molko, vocalista, conversou, sorriu, riu e agradeceu aos fãs em português diversas músicas. O baixista, Stefan Olsdal, cantou, puxou palmas e mãos ao ar nas baladas depressivas. O batera Steve Forrest, prefiro nem comentar para não me comprometer...u.u..

Impressionante, quase chocante a discrepância entre as fotos tão "blasè" da banda e o que vi no palco. A simpatia chocou, prontofalei!!!!
E o show, e o profissionalismo, e os arranjos, as distorções, a pianista clássica, Fiona Brice, que também tocava violino...Palavras para explicar 1h30min de show não são suficientes.
Ressalvo, justamente, a base dada por Nick Gravilovich e William Lloyd, na guitarra, baixo e teclado.


Mas como sou uma pessoa legal, vou colocar aqui o repertório desse show, que segundo Molko, não muda quase nunca, para você que não conhece, começar bem, muito bem!
"For What It's Worth"
"Ashtray Heart"
"Battle For The Sun"
"Soulmates"
"Speak in Tongues"
"Follow the Cops Back Home"
"Every You Every Me"
"Special Needs"
"Breathe Underwater"
"Julien"
"The Neverending Why"
"Bright Lights"
"Devil in the Details"
"Meds"
"Song to Say Goodbye"
"Special K"
"The Bitter End"
Bis
"Trigger Happy"
"Infra-Red"
"Taste in Men"

Fotos, fotos, fotos!



Créditos: Amália M.

Capa do cd, lançado em 2009.


Queria agradecer especialmente a minha amiga Elyedre que dividiu esse grande momento comigo, uma beja beeeeem estalada!^^


*post escrito ao som de "Protège-moi" do Placebo.

sábado, abril 17, 2010

Léon Ferrari e Mira Schendel - EXPOSIÇÃO: O Alfabeto Enfurecido


Crédito: Léon Ferrari - Cuadro escrito, 17 de dezembro de 1964 - foto para divulgação.


Segundo grande momento do mês de abril, misto de dica com guia cultural/turístico, foi a visita ao Iberê Camargo que trouxe a Porto Alegre a exposição "alfabeto enfurecido" de Léon Ferrari e Mira Schendel.

Dia 11 de abril, um belo dia de sol, acompanhada de um amigo sensacional, Léo Ongaratto, (re)descobri todo o significado que a linguagem pode alcançar através da ótica de dois artistas.

Com curadoria de Luis Péres-Oramas a exposição veio direto do MOMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) sob os auspícios do seu Conselho Internacional em colaboração com a Fundação Iberê Camargo e o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia de Madri, senti que a cidade fez parte, novamente, do mapa mundial, afinal uma exposição dessa proporção me fez lembrar a do Miró no Santander Cultural em 2006, e a exposição em comemoração ao Ano da França no Brasil no MARGS sobre o realismo francês em 2009, apesar de propostas completamente diferentes.

Léon e Mira, segundo o curador, são os artistas latino-americanos mais importantes do século XX. Ambos, que produziram nas décadas de 1960 a 1980, na Argentina e no Brasil, fazem parte de um período conturbado nos dois países, a repressão política, as voltas de golpes de estado. Mas não só isso ajuda a compor seus trabalhos, que até então não se conheciam, mas o privilégio dado a linguagem como matéria visual e de conteúdo.

Para Oramas o que distingue a obra desses artistas é que "as obras propõem uma arte não apenas centrada na linguagem como protagonista ideal, pois Schandel e Ferrari se interessam mais no aspecto da linguagem, cujos trabalhos manifestam e mostram a linguagem encarnada e vinculante, a linguagem como materialidade escrita e vestígio [...]."

Não tenho como explicar, as obras são instigantes, questionadoras, curiosas, um misto de sentimentos e percepções. Gosto de obras que me causam esse tipo de sensação.

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Agora para dar cabo da "dica", depois de duas horas olhando as obras, Léo e eu fomos para a cafeteria do Iberê. Infelizmente não tivemos como sentar de frente para o Guaíba, mas dentro do café também é deveras agradável.
Não tínhamos como ir embora sem eu provar o dito "mil folhas" que o Léu me falou durante todo o caminho até chegarmos ao Iberê.
Nos sentamos e pedimos o "mil folhas de doce de leite", uma verdadeira delícia de fato! Sabe assim, massa crocante, doce de leite boooom...delícia³!!!
Para beber, eu pedi um tradicional chá de frutas vermelhas, pois sempre fico entre esse ou maça com canela (único momento que consumo qualquer coisa de canela); e o Léo pediu o "In Love", que mistura café e leite condensado. Não gosto de café, mas tive que provar essa mistura e confesso que achei bem interessante o sabor.

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Enfim, foi um dia maravilhoso!
Se houver a oportunidade, faça o mesmo! ^^


A exposição é de 08 de abril a 11 de julho.
Mais informações: www.iberecamargo.org.br


Crédito: Mira Schendel - sem título, da série Objetos Gráficos de 1967 - foto para divulgação.

DICA DE CD - MÊS ABRIL - KEANE - Ander The Aron Sea



Vamos começar pela ordem das coisas.
Março foi muito intenso, tudo acontecendo ao mesmo tempo, portanto não vivi, apenas sobrevivi.(hehehehehe!)
Já abril tive gratos acontecimentos que falarei na sua ordem.(de baixo para cima, no caso da configuração desse blog!)

Começo com a dica do mês de abril de 2010, a primeira dica musical do ano.
Acho que posso dizer que graças a amigos muito antenados e especiais conheço muita música boa.
A dica que vou dar é o Keane, o "Ander the Iron Sea", segundo trabalho deles de 2006.
Ok que estou atrasada, muito eu sei. u.u..
Nessa época até em rádio eu trabalhava, mas juro que o som não me chamou tanta atenção, achei legal sabe, aquele tipo de som que bate e que tu chega até a cantar, mas né, sem aquela emoçãããããããão toda e tal.
Mas daí, já em 2010 um amigo músico me diz: "Cara, vale a pena escutar com mais carinho, os caras são bons, a primeira música desse cd é a minha preferida..."


E lá se foi a Amália, com o cd para casa sem grandes expectativas.
E veio então a primeira música "Atlantic". Me emocionei, não no sentido de "nooossfffa que música", mas gostei realmente do som, da batida, da letra, tudo fechou. E quando a primeira música já me bate, normalmente o cd já me desce redondo, e assim a profecia se concretiza.

Desse cd acho que badalou nas rádios "Is it Any Wonder?".
Eles tem mais dois trabalhos, o "Hopes and Fears" de 2004 e o "Perfect Symmetry" de 2008. Não conheço, mas vou me coçar para ver o que eles me apresentam.

Destaco das 11 faixas desse cd: Atlantic, Nothing In My Way, A Bed Dream, Crystal Ball, Try Again e The Frog Prince.