sábado, abril 17, 2010

Léon Ferrari e Mira Schendel - EXPOSIÇÃO: O Alfabeto Enfurecido


Crédito: Léon Ferrari - Cuadro escrito, 17 de dezembro de 1964 - foto para divulgação.


Segundo grande momento do mês de abril, misto de dica com guia cultural/turístico, foi a visita ao Iberê Camargo que trouxe a Porto Alegre a exposição "alfabeto enfurecido" de Léon Ferrari e Mira Schendel.

Dia 11 de abril, um belo dia de sol, acompanhada de um amigo sensacional, Léo Ongaratto, (re)descobri todo o significado que a linguagem pode alcançar através da ótica de dois artistas.

Com curadoria de Luis Péres-Oramas a exposição veio direto do MOMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) sob os auspícios do seu Conselho Internacional em colaboração com a Fundação Iberê Camargo e o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia de Madri, senti que a cidade fez parte, novamente, do mapa mundial, afinal uma exposição dessa proporção me fez lembrar a do Miró no Santander Cultural em 2006, e a exposição em comemoração ao Ano da França no Brasil no MARGS sobre o realismo francês em 2009, apesar de propostas completamente diferentes.

Léon e Mira, segundo o curador, são os artistas latino-americanos mais importantes do século XX. Ambos, que produziram nas décadas de 1960 a 1980, na Argentina e no Brasil, fazem parte de um período conturbado nos dois países, a repressão política, as voltas de golpes de estado. Mas não só isso ajuda a compor seus trabalhos, que até então não se conheciam, mas o privilégio dado a linguagem como matéria visual e de conteúdo.

Para Oramas o que distingue a obra desses artistas é que "as obras propõem uma arte não apenas centrada na linguagem como protagonista ideal, pois Schandel e Ferrari se interessam mais no aspecto da linguagem, cujos trabalhos manifestam e mostram a linguagem encarnada e vinculante, a linguagem como materialidade escrita e vestígio [...]."

Não tenho como explicar, as obras são instigantes, questionadoras, curiosas, um misto de sentimentos e percepções. Gosto de obras que me causam esse tipo de sensação.

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Agora para dar cabo da "dica", depois de duas horas olhando as obras, Léo e eu fomos para a cafeteria do Iberê. Infelizmente não tivemos como sentar de frente para o Guaíba, mas dentro do café também é deveras agradável.
Não tínhamos como ir embora sem eu provar o dito "mil folhas" que o Léu me falou durante todo o caminho até chegarmos ao Iberê.
Nos sentamos e pedimos o "mil folhas de doce de leite", uma verdadeira delícia de fato! Sabe assim, massa crocante, doce de leite boooom...delícia³!!!
Para beber, eu pedi um tradicional chá de frutas vermelhas, pois sempre fico entre esse ou maça com canela (único momento que consumo qualquer coisa de canela); e o Léo pediu o "In Love", que mistura café e leite condensado. Não gosto de café, mas tive que provar essa mistura e confesso que achei bem interessante o sabor.

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Enfim, foi um dia maravilhoso!
Se houver a oportunidade, faça o mesmo! ^^


A exposição é de 08 de abril a 11 de julho.
Mais informações: www.iberecamargo.org.br


Crédito: Mira Schendel - sem título, da série Objetos Gráficos de 1967 - foto para divulgação.

2 Comments:

At 19/4/10 10:46 AM, Anonymous Leo Ongaratto said...

Sim, foi incrível. Há tempos não me divertia tanto! A exposição estava bem legal, a mil folhas estava perfeita, mas o destaque, não adianta, é a Amália. Andar com Amália é redescobri-la e redescobrir até a si mesmo. Inspira e alegra. Imaginem fazer o caminho de Santiago de Compostela com ela... eu pagaria sua companhia!

 
At 19/4/10 12:42 PM, Blogger Amália M. said...

Oun, que queridis! ^^
Mas a gente ainda vai pros Aparados da Serra, se até o final do ano eu arranjar um emprego!
eeuaheauheauheau!
Te adoro demás, tu é mega especial, meu cult preferido! :*

 

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