quarta-feira, março 02, 2011

Socióloga de Quermesse

Nada com não fazer nada e ter tempo pra reavivar velhos hábitos, como no meu caso o da leitura!
No mês de janeiro li o livro História de Mulheres de Rosa Monteiro (Editora Agir). Nele li histórias envolventes de grandes mulheres, que poucas sabemos ou conhecemos. Escritoras, pintoras, artistas, ou mecenas, mulheres que na sua época fizeram coisas inimagináveis e em quase todos os casos pagaram caro por isso, de alguma forma ou de outra.
Após uma breve explicação da discussão sobre os gêneros e todo aquele mimimi*, algumas histórias me chamaram atenção por se aproximarem muito a realidade das relações que vivemos hoje (só que sem aquela distinção de gênero).

Fato é que da vida das 15 mulheres que ela narra no livro, muitas viveram na era do pós-vitoriano, que para quem não sabe foi de extrema moralidade e religiosidade na Inglaterra. Logo que se seguiu, já na década de 1920, houve uma ruptura total com esses dogmas e o inverso de liberdade e libertingam (também sem o tom pejorativo que a palavra carrega) aconteceu.
Sexo, mulheres no trabalho, roupas curtas, voto, entre reformas políticas, econômicas e novas ideologias. Obviamente que, de acordo com o livro, essas mudanças foram mais arrasadoras/libertadoras para as mulheres (o que é fato, só pelas histórias do livro), mas para a sociedade, acredito que o baque foi também violento.

Todo esse meu papo, foi para dizer que diante do que tenho assistido, visto e ouvido, estamos vivendo um novo Pós-Era Vitoriana na pós-modernidade, só que com a diferença de que não tivemos um “Vitorianismo” antes!
Claro que eu seria muito idiota se não percebesse que ainda temos boas e fortes rédias socias em quase todos os aspectos (família, trabalho, sexo, etc), mas o caso é que percebo nas pessoas em geral uma pré-disposição em experimentar sem limites, como anquela época.

Não estou aqui fazendo juízo de valores, por favor.
O bom e ruim, o bem e o mal, a luz e a sombra e toda essa poesia só serve pra dizer que um não existe sem o outro, assim como o Batman não vive sem o Coringa.
Quero chegar sim, então, a falta de responsabilidade ou ao menos um mínimo de noção, de consciência (onde para mim pode existir, daí, um problema). De acordo com Jorge Zahar, o amor está líquido e para mim para lá de líquido, beirando ao gasoso, e apesar de tudo é estranho observar que a geração “Y” pega, mas não se apega, querendo se apegar a todo mundo, querendo mais do que em qualquer época ser querido, conhecido e adorado.

As vezes é inevitável o envolvento, mas até que as pessoas caiam em si, a troca de parceiros (na cama, na noite, na mesma noite, por exemplo), já aconteceu. Daí vem o avassalador remorso e o arrependimento, pois a parte do “pego, mas não me apego” que começou na balada (uhu!) ou no bar, ficou no começo da noite e agora já tá no "me apeguei e me fodi, não só literalmente, mas sentimentalmente”.

Primeiro que não entendo esse pânico que as pessoas tem em se envolver, gente assim, um aviso: É DA GUERRA, OS SENTIMENTOS VÃO ACONTECENDO e não há nada de errado com isso, babaquice ficar com medinhos da vida (ok, tema para outra postagem..u.u..), mas enfim, seguindo o pensamento...

Penso que as pessoas devem fazer o que quiserem, reforço que não estou pregando moral e bons costums.
Só digo apenas que as vezes ir consciente da situação e do que se quer é mais inteligente.
Curtir a vida é bom e cada pessoa faz isso do seu jeito, mas consciência pesada é tão demodê, tão cansativo, tão antigo.
Pelo menos a mim cansa tudo isso, porque se o resultado dessas e das relações fossem um prazer edonista recompensador, 'ótemo', parabéns, que bom mesmo..mas não, vem a culpa, o chororô e as famosas frases "porqueeeeeeee eu fiz isso?? onde eu tava com a cabeçaaaaaa?? buáááááááá".
Ai assim, me ajuda que eu te ajudo.
Vamos facilitar as coisas??

Eu acredito muito nisso e no fato de que não ter o que fazer me torna, as vezes, uma socióloga de quermesse, com essas minhas análises sociais de final de semana...
Hehehehehehehe!
Mas é divertido e seguirei minhas observações, quem sabe um dia reconhecem minhas constribuições! AHAHAHAHAHAHAHAHAHA!



*Não quero que entendam o meu “mimimi” como um deboche ou descaso, mas é que como no caso do Marx e todo o mimimi dele sobre o capitalismo, algumas teorias, não me são mais assim tão atraentes, quero dizer com isso que já li a respeito e quero mais, mais teorias, novas, outros pontos de vista, outros autores, enfim....

Desejando não realizar o desejado

Tem desejo que tem que ficar no campo do desejo, porque se for posto em prática, perde o sentido de ser e a graça. Me explico.

Assim como existem sonhos possíveis e plausíveis de se alcançar e realizar, existem desejos na mesma medida. Pelo menos para mim, os sentindos do “sonhar” e “desejar” sempre foram de algo realizável, de algo que dependesse, às vezes de um grande esforço ou mesmo de uma sorte quase que óbvia.

Mas os desejos aos quais me refiro são aqueles que se atingidos perdem totalmente o sentido de ser, e principalmente, a graça.

Nesse caso pode se encaixar aquele coisa do “depois de quase morrermos para ter, quando temos, perde a graça”. Emoção ou perda de? Não faço idéia, Imaturidade? Joguinho?? Poder ser, mas a grande questão é que as coisas e pessoas inatingíveis e irrealizáveis servem para nos deixar humanos e lembrar-nos que Deuses só os greco-romanos.

No entanto digo que esse tipo de desejo tem um efeito animador, porque nas doses cavalares de vida real que temos todos os dias, o simples fato de desejar Angelina Joulie (Exagero? Sim, trabalhos!), ou nem TÃO longe, uma promoção, onde a vaga existe e está aberta.... enfim, pequenos desejos do dia-a-dia, podem tornar-se realidade e no fim perder totalmente a graça ao se ver que “não, não é bem assim, a promoção veio, mas a função não é tão legal quanto eu esperava”, e ups! a Angelina é casada com o Brad!

Digo por mim que certos desejos, ao imaginar realizados, perdem todo o sentido e a graça, pois na minha imaginação é sempre muito mais interessante do que poderia de fato ser se realizado. Às vezes tem-se sorte e o desejo realizado é parecido (parecido!) com o desejado, outros vão parar lááááá do lado de lá!

O caso é que sou a favor de nem tudo ser realizado, não só pela dificuldade existente, mas porque tem coisas que são muito melhores somente no antes, porque no durante e no depois, puffff, foi-se a graça, a sacanagem, o bom e a diversão!


*Escrito ao som de Kings of Medicine, Placebo.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Abrindo os trabalhos!

Então vamos abrir os trabalhos novamente!!
Foram meses e meses de escolhas e atucanações, e Deus (nosso Senhor!) sabe o quanto aprendi(e absorvi).

Mas folguem em saber que em nenhum momento me passou por “la tête” largar meu blog, desisitir, e todo esse mimimi mole. Na verdade apesar de minhas escolhas eu mantive uma certa vida social e cultural, não a ideal, mas a que foi possível, dentro das minhas consequências!

Fui ao teatro, a exposições, a festas, alguns bares, botecos e shows.
Entre milhares de sensações, ideias e necessidades emergentes e urgentes, fica na memória o seguinte (que fica como dica, se assim for interessante):

Peças: O Grande Inquisidor e Toda Nudez Será Castigada, uma do POA em Cena e outra do V Festival Palco Giratório SESC POA, ambas FANTÁSTICAS. Sem palavras para as memórias, da nudez e da exacerbada humanidade (com todo o seu sentindo difuso, complexo e pesado) dos textos de Fiodor Dostoievski e Nelson Rodrigues. Atores do Armazém Cia de Teatro e os atores Celso Frateschi e Mauro Schames, sensacionais.

O Grande Inquisidor - Divulgação

Toda Nudez Será Castigada - Divulgação

Cinema: Assiti a alguns filmes, uns bons e outros, apenas filmes. No Fantaspoa consegui assitir o japonês Sede de Sangue e o polonês Os Cisnes Feios, que posso dizer no mínimo interessantes, seja pela fotografia, toda vermelha, laranja e chuvosa nos Cisnes, ou pela abordagem do vampirismo, tão em voga, em Sede.
Assisti alguns “água com açucar” como Amores Parisienses, que descobrir ser um musical e que prefiro nem comentar, Mademoiselle Chambom que mostrou de forma delicada a realidade da vida, e por fim, Prova de Morte do Tarantino - neste último pela primeira vez saí no meio de um filme. Papo de mulher demais pro meu gosto. Vendo esse filme se conclui, inevitavelmente que mulher é “chata pra cacete”, não tive paciência, definitivamente. Assisti também o cômico e bem humorado Enfim Viúva, uma pérola sensacional de humor, um pouco negro “pero no mucho” onde ri muito, e também o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro O Segredo dos Seus Olhos, como me disseram, surpreendente. E mais uns que não me lembro.

Mademoiselle Chambom - Divulgação

Os Cisnes Feios - Divulgação

Shows: Fui só a dois, escolhidos a dedo, pois meu tempo, meu dinheiro e meu deslocamento têm, realmente, que valer a pena. Hohoho! Placebo e Vive la Fête. Cheguei a comentar dos dois no blog é só ler se quiser, tem fotos e o que cada banda tocou e tals.

Exposições: Fui a algumas, no Santander, MARGS, Casa de Cultura, Gasômetro. Fui também a algumas no Erico Veríssimo, Julio de Castilhos e no Museu do Trabalho, mas como sou uma cretina injusta me lembro só das do MARGS e do Santander, acho que por serem maiores. Destaco no MARGS a exposição Portinari na Coleção de Castro Maya, mostrando um lado de Portinari até então desconhecido por mim, e acredito que por milhares de pessoas, apresentando ao público o trabalho com ilustração de histórias, como por exemplo, Dom Quixote. Nesse museu ainda tivemos Guinard e o Oriente: China, Japão e Minas, uma mistura fantástica de influências, e a exposição Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú, lembrando muito as fotos e a proposta do último Festival de Fotografia de POA em 2010 no Santander.
Já no Santander destaco a Mostra Cultural Robert Wilson Video Portais, com suas instalações e projeções; bem diferente a proposta.

Jhonny Depp - Robert Wilson Video Portais - Divulgação

Protinari na Coleção de Castro Maya - Divulgação


Música
: Bom, por uma série de motivos eu vivi na Amalialândia todos esses meses, ouvindo uma que outra coisa nova, mas nada que ganhasse o meu coraçãozinho ou me surpreendesse. Na realidade percebo que quanto mais o tempo passa, mais sinto falta de música de verdade. Quando falo isso falo de conceito mesmo, ou ao menos de ritmo, letra. Fazer o quê se sou uma chata?? Que venho de uma geração que tem isso, ou pelo menos finge buscar/desejar conceito no que ouve.... Não estou dizendo com isso que sou um dinossauro, mas repito, mesmo escutando de tudo, ou de grande parte, me mantenho com preferências (ou seja, provavelmente chata).

Livros: Por escolha atrofiei em um único seguimento em 2010: a Comunicação.
Maravilhoso mundo novo, de milhares de teorias, pensadores e sonhadores (sim, autores que li me fizeram pensar que o Mundo Mágico de Oz ainda está “over the rainbow”, tamanha esperança, diante do meu tremento ceticismo). Mas não se enganem, muitos abriram minha mente (rasgaram-na em pedaços seria a palavra mais precisa), e apesar de minhas fortes crenças, nada MAIS LINDO do que ver tudo caindo por terra e no três recomeçar com novas ideias e teorias. Nessa linha quero dar uma salva de palmas para Dominique Wolton e seu fantástico Informar Não é Comunicar. Sem mais, leiam apenas.

Quero destacar justamente, assim como quase todos os meios de comunicação de POA em setembro de 2010, os 20 Anos da Casa de Cultura Mario Quintana, que mais uma vez surpreendeu a cidade com uma virada cultural de menor duração, mas com o triplo de atrações para todos os públicos e preferências. Foram 24h de portas abertas que não só tive a honra de participar e organizar como também de prestigiar e perceber que sim, a cultura no centro da cidade ainda reverbera longe. Parabéns a todos, principalmente por não conseguir enxergar a Andradas e a Sete de Setembro de tanta gente na Travessa dos Cataventos!!

Pode-se perceber, obviamente, que são coisas que já passaram, e tirando a parte de cinema e livros, não poderão ser vistas novamente, mas vale, pelo menos para mim (hehehe), pela lembraça de tudo o que vi, vivi e pensei a respeito de um ano inteiro.

Chega de escrever, agora é fato, voltei!

sábado, agosto 28, 2010

Do gozo com o Vive la Fête!



Atrasada, SEMPRE atrasada com o meu blog.
As vezes acho que ele tá largado demás, MAS não tenho tido muito tempo, nem sequer pra me coçar.
No entanto, neste caso, a situação particular é muito mais de êxtase do que qualquer coisa.

Sim. Êxtase, gozo, prazer, em dizer que fui no show de uma das minhas bandas preferidas: Vive la Fête!
Dia 08 de agosto se tornou um dia muito especial para mim em 2010, pois pude assistir a vocalista Els Pynoo e o guitarrista Danny Mommens!! Ele enlouquecido de calça de couro coladaça e ela pagando o maior mamilão num “maio” cor de pele!

Digo que foi um show intimista, mas não no sentido usual da palavra, e sim no sentido de ter tido pouca gente, quase achei que o show era só para mim e alguns convidados...sonho né..ehehehehe!
Mas todo mundo muito, mas assim, MOOOOOOONTO (como diria um amiKo meu..ehehehe) Hype! Éééééé, estilo é privilégio de poucos (RÁ!).
Sabe assim, eletropop com aquela vibe oitentista??
Não é à toa que eles são os queridinhos dos estilistas mais famosos e dos fashionistas de plantão, pois foi no início dos anos 2000 que eles chamaram atenção das passarelas, se apresentando em vários desfiles.

Do show!
Siiiiiiim, majestosamente, Els começa o show cantando Tous lês Jours des Fêtes e daí até o final, só os maiores sucessos!
Músicas clássicas como La Vérité, Assez, Noir Desir, Tokio, Maquillage, Mon Dieu, Touche Pas, Nuit Blache e outras, que fizeram a galera dançar até às 2h da manhã!
A princípio o show era para divulgar seu último trabalho, o Disque D’or de 2009, mas no final eles perpassaram por quase toda a discografia, destacando os cds Attaque Surprise, Nuit Blanche e Grand Prix.Para encerrar Danny faz um solo muito foda de guitarra e canta com a galera uma música do Iggy Pop, I Wanna Be Your Dog, passando microfone pra geral, trazendo gente pro palco, aquele furdunço bem bom!

Foram 2 horas de puro prazer, pois sim, como uma boa “tietchy” cantei todas as músicas e afirmo, desde já, que se eles voltarem VOU DE NOVO.
AdooooooooooGo aqueles DOIS! (ALOKA PÁ, KRÃO! RÁ!)
Essa coisa de “neo electro safado” deles me agrada muito porque né, chicotinhos, gemidos e gritos não faltam nas músicas e muito menos no show de Porto Alegre!

Quer saber mais, conhecer o trabalho e tudo e tals??
Acesse www.vivelafete.be

Au Revoir, mes amies!

quinta-feira, agosto 19, 2010

Talvez.

"Eu sei o que você pensa quando olha pra mim.
Talvez se eu fosse mais comportado, falasse mais baixo e não chamasse tanta atenção. Talvez se eu bebesse um pouco menos, te desse menos trabalho e não fosse tão do agora.....
Talvez se eu não tivesse chegado tão perto, nem te tocado tão fundo, nem sido tão eu...talvez houvesse alguma possibilidade."

O verso mais verdadeiro de todos os tempos.






Merci Ury, tu é TUDO! ;*

domingo, agosto 01, 2010

Concurso Poesia da Imagem



VOCÊ CONSEGUE FAZER UMA IMAGEM VALER MAIS DO QUE MIL PALAVRAS???

Em 2010 a Casa de Cultura Mario Quintana completa 20 anos.
Um dos eventos comemorativos será o Concurso Nacional de Fotografia "Poesia da Imagem", cujo tema é a "Leitura Fotográfica da Obra de Mario Quintana".
Os participantes devem escolher uma poesia e traduzi-la para uma fotografia.
Simples assim!

As inscrições iniciam no dia 08 de julho e terminam em 23 de agosto de 2010. Os prêmios para os três vencedores serão máquinas fotográficas Nikon!!

Inscrições e regulamento no site: www.espm.br/poesiadaimagem

Faça parte desta ação cultural.
Prestigie e divulgue.
A arte agradece.

Exposição Horizonte Expandido


Estava em dívida com essa exposição, desde que ela começou.... mas me atucanei e devido a alguns acontecimentos de ordem pessoal, só consegui escrever agora.
Me refiro a videoinstalação Horizonte Expandido que acontece no Santander Cultural, de 26 de maio a 15 de agosto de 2010.
Nota-se que estou BEM atrasada, pois faltam 15 dias para seu final. No entanto acredito na máxima "antes tarde do que nunca", para certas coisas ela serve.

Horizonte Expandido apresenta um conjunto de trabalhos produzidos no contexto dos anos 60 e 70 por artistas que procuraram refletir, não apenas sobre questões do terreno da arte, mas também sobre a vida. Com a colaboração de oito instituições e emprestadores nacionais e internacionais, a exposição propicia um maior contato do público com obras e registros de experiências artísticas radicais – em sua maioria inéditas no Brasil – que inauguraram novas possibilidades de contato entre arte e público. Horizonte Expandido é norteada pelo princípio do encontro. Não apenas entre público e obras, mas entre o público e os artistas presentes na exposição.

Quando visitei a mostra, fiquei quase toda a tarde lá!
Tem muita coisa interessante, muita coisa pra ver!!
Nas décadas de 60 e 70 esses trabalhos devem ter superado expectativas, surpreendido com todos aqueles videos, sons e fotos expostas.
Segundo os curadores, André Severo e Maria Helena Bernardes:
"Ao visitar a mostra você entrará em contato com obras e documentos que trazem a presença viva do artista no espaço expositivo: sua voz, seu rosto, seu corpo e seus manuscritos deixam um rastro que expõem seus pensamentos."

E além dessa exposição riquíssima, existe uma programação paralela sensacional com debates, lançamentos de livros, filmes e outras atividades simultâneas a mostra.

Confira mais informações no site do Santander Cultural:
http://www.santandercultural.com.br/programacao/artesvisuais.asp
E no blog da videoinstalação:
http://horizontexpandido.blogspot.com/

Bom, vai lá vê, ainda dá tempo. ^^

quarta-feira, junho 23, 2010

Amour & Casablanca




O que quer que aconteça, vou amar você. Eu fui embora pela porta, não sobrou nenhuma lembrança. Isto não é romantico? Eu a desapontei. Tenho que terminar o que ela começou. Você invadiu todos os meus pensamentos. Não te incomoda eu ser a mulher de outro homem? Gosto de sentir seus olhos em mim quando desvio o olhar. Eu estava tão inseguro de mim mesmo. A única pessoa que posso machucar sou eu mesma. Estou em êxtase, e vou dizer por quê. Sabe o que dizem sobre sermos todos anjos e demonios uns dos outros? Achei melhor parar de romanciar um pouco. Eu vivia sofrendo o tempo todo. Quando ele viaja, sinto saudades, mas não morro por dentro. Ter alguém por perto sempre me sufoca. É como se aquela noite eu tivesse dado tudo a você e você partiu. Para mim, realidade e amor são contraditórios. O que significa isso? O amor de uma vida? O conceito é absurdo. Quero ficar longe de você. O que poderia dizer? Que lembrava do vinho, do parque e de olhar as estrelas sumirem equanto o sol nascia? Parece que não ligo, mas estou morrendo por dentro. Os corpos das outras mulheres serão nossos brinquedos. Teresa o que vocês está falando? Sua pele é tão macia, que acordo chorando. Pensei que sua vida fosse perfeita. Como se fala 'você ama' em checo? É cruel ficar à espera que aconteça de novo. Quero que você se vá! Sabe, deveria ser tudo fácil. Por que é sempre tão difícil? Pensei que que ia te encontrar muito pior, arrasada. Nem tentou se suicidar. Separação é sempre muito difícil. Você passa um tempão vivendo com aquela pessoa, dividindo tudo com ela e de repente percebe que está sozinho de novo. Como se tivesse metade, 50 por cento. Não, 49 por cento. Vazio. Derrota. Tristeza. Dor. Mas o fim é assim, não é? Não posso viver sem você. Morro só de pensar. Nós sempre teremos Paris.



Texto fantástico!
Mescla de diálogos de clássicos filmes de amor.
Um destes é Casablanca....
me apaixonei por esse filme desde o primeiro momento, por já conhecer a trilha!
Mas quando tocou "As time goes by" meu mundo ficou diferente, ficou mais bonito. ^^
E sobre o filme, sem palavras, só assistindo.
Humphrey Bogart (que eu já conhecia de outros filmes) e Ingrid Bergman interpretam um dos mais cativantes casais do cinema de todos os tempos.



Atenção especial para o pianista Sam, interpretado por Dooley Wilson. SENSACIONAL!

Sous le ciel de Paris



Sous le ciel de Paris
S’envole une chanson
Elle est née d‘aujourd’hui
Dans le coeur d’un garçon
Sous le ciel de Paris
Marchent les amoureux
Leur bonheur se construit
Sur une air fait pour eux
Sous le pont de Bercy
Un philosophe assis
Deux musiciens, quelques badauds
Puis des gens par milliers


Sous le ciel de Paris
Jusqu’au soir vont chanter
L’hymne d’un peuple épris
De sa vieille Cité
Prés de Notre-Dame
Parfois couve un drame
Oui, mais à Paname
Tout peut s’arranger
Quelques rayons du ciel d’été
L’accordéon d’un marinier
L’espoir fleurit
Au ciel de Paris


Sous le ciel de Paris
Coule un fleuve joyeux
Il endort dans la nuit
Les clochards et les gueux
Sous le ciel de Paris
Les oiseaux du Bon Dieu
Viennent du monde entier
Pour bavarder entre eux
Et le ciel de Paris
A son secret pour lui
Depuis vingt siècles il est épris
De notre île Saint-Louis


Quand elle lui sourit
Il met son habit bleu
Quand il pleut sur Paris
C’est qu’il est malheureux
Quand il est trop jaloux
De ses millions d’amants
Il fait gronder sur eux
Son tonnerre éclatant
Mais le ciel de Paris n’est pas longtemps cruel…
Pour se faire pardonner, il offre un arc-en-ciel…


ai assim sabe, ando bem nostálgica.
ando bem Paris....u.u...sonhando aaaaaaaaaaaalto.
ouvi essa música agora de manhã, com umas fotos lindas e tals, daí já viu.
Edith Piaf c'est magnifique! ^^


*post escrito ao som de Sous le ciel de Paris, Edith Piaf

sexta-feira, junho 04, 2010

Protège-moi



Sommes nous les jouets du destin
Souviens toi des moments divins
Planants, éclatés au matin
Et maintenant nous sommes tout seul.

Perdus les rêves de s'aimer
Le temps où on avait rien fait
Il nous reste toute une vie pour pleurer
Et maintenant nous sommes tout seul.

Protege-moi de mes désirs...
Protège-moi, protège-moi.
Protege-moi de mes désirs...
Protege-moi de mes désirs...
Protege-moi de mes désirs
...





*Placebo - Protège-moi

segunda-feira, maio 10, 2010

Trilha/Filme Dans Paris



Pela segunda vez fui assistir o filme Dans Paris.
Antes de ir a segunda vez, eu já tinha a trilha do filme.
O que dizer dos dois... me pus a pensar ontem.

O filme conta a história de uma família as voltas da separação de um dos irmãos e nisso trouxe, no meu ponto de vista, a discussão sobre a tristeza profunda.
Não que o filme gire em torno apenas disso, mas depois de ouvir e ver pela segunda vez Dans Paris, foi o que mais me chamou atenção.

Paul se casou com Anna. Foram morar no Campo os dois e o filho dela.
Paul tem um pai e uma mãe que se divorciaram após a morte da irmã Clair, mas isso só aparece lá pro final do filme.
Jonathan, o irmão mais novo de Paul, é um jovem, e a palavra jovem já esclarece bem o que ele é.

O filme todo acontece através da narrativa de Jonathan do que tem acontecido a sua família no dia 23 de dezembro.
Toda a história começa com a separação de Paul e Anna e a descoberta do fim do amor entre os dois.
O sexo já não é mais o mesmo, as poucas conversas foram substituídas por silêncios, muitos cigarros, alguma bebida e música alta.
Paul volta a morar em Paris com o pai e o irmão, mas insiste em ficar trancado no quarto, deitado com casaco de lã. Jonathan o convida para ir ver as vitrines de Natal, como os dois irmãos sempre fazia na véspera da festa, e sai correndo. “São 9h36min, chego lá às 10h06min”.
No meio do caminho, três jovens que lhe ocupam boa parte da tarde. Uma numa motocicleta, Alice sua suposta namorada e a moça da vitrine.
O pai, esforçando-se para que Paul falasse o que estava acontecendo e nada.
O irmão, que segundo pai é um egoísta, estava indo esperar Paul na frente da loja.
Paul acaba se atirando da ponte, mas volta para casa. É encontrado pelo irmão Jonathan na banheira tomando um banho quente. Os dois conversam e assim o filme vai se desenvolvendo.
Ok, minha narrativa parece um tanto quanto fria e talvez desordenada com relação a cronologia do filme, MAS no final ainda podemos imaginar o que aconteceu.

Longe da minha narrativa fria, o filme me fez pensar muito.
Me fez pensar na tristeza desesperadora de Paul com o fim do amor.
Não que tenha sido culpa de alguém, apenas acabou.
A pergunta de Jonathan ao espectador faz pensar: “até onde a dor de um amor faz com que vocês possa se atirar de uma ponte??”
Paul se atirou e voltou. Paul colocou remédios na boca e tirou uma foto para depois chorar feito criança.

Mas depois de todas essas demonstrações de dor e de tristeza, a demonstração mais tranqüila foi a que mais gostei.
Alice, a namorada de Jonathan aparece em seu apartamento e Paul começa a conversar com ela já que o irmão ainda não havia chegado.

Paul lhe conta que eles tinham uma irmã, que ao 17 anos havia se matado por sentir uma profunda tristeza. Clair, de tempos em tempos sentia uma profunda tristeza que nada e nem ninguém conseguia aplacar, até que não agüentando mais se mata. Paul disse a Alice: “as vezes acho que nascemos com uma tristeza profunda, mas não temos culpa disso. Seria a mesma coisa que culpar alguém pela cor de seus olhos...ninguém tem culpa de nascer com olhos azuis...”

Pensei muito nisso e sinceramente não sei se discordo.
Sentimos o que sentimos, sem culpa, sem responsáveis, sem absolutamente nada, às vezes sentimos sem nem mesmo ter razão.
Paul está certo, sentimos os sentimentos por
Paul disse que queria conversar com Clair, pois somente ela lhe entenderia.
Tem uma cena no filme que diz e continua dizendo muito para mim, que é quando Paul liga para Anna e um canta para o outro “Avant la Haine”, uma das músicas mais tristes e mais bonitas de todos os tempos... e tudo fez e faz tanto sentido.

Acho Dans Paris um excelente filme, não apenas pela parte técnica, mas pela própria história, ver a segunda vez foi muito bom.

A trilha do filme também me agradou muito, pois é feita apenas de Jazz, por hora calmo e por hora acelerado. O cd da trilha tem 13 faixas e é maravilhoso para se escutar em um dia como hoje (nesses últimos tempos na verdade, mas isso é coisa minha), pois são 11 faixas instrumentais. Ele só falha por não ter uma música, a que Paul canta no quarto enquanto está deprimido. A música é de Kimi Wild, só não descobri qual ainda, mas muito boa. Mesmo. Descobrirei logo.

Não faço idéia de onde queria chegar com esse post, mas confesso que nunca havia pensando sobre a tristeza como passei a fazer depois desse filme.

Segue Avant la Haine...

domingo, maio 09, 2010

Exposição "Pedro Weingärtner 1853-1929 Um Artista entre o Velho e o Novo Mundo" no MARGS


Chegou tarde.1890.Óleo sobre tela.

De 12 de abril a 13 de junho, fomos brindados com a exposição: “Pedro Weingärtner 1853-1929 Um Artista entre o Velho e o Novo Mundo”.

O MARGS apresenta ao público uma retrospectiva das pinturas do artista Pedro Weingärtner. A exposição, com curadoria da crítica de arte, Ruth Sprung Tarasantchi, mostra um painel significativo de um dos mais notáveis artistas plásticos do Estado e do Brasil em seu tempo, o primeiro pintor gaúcho a ser reconhecido nacional e internacionalmente.

Weingärtner que dominava as mais diversas técnicas como cryon, carvão, bico de pena, grafite, aguada, aquarela e pastel, é segundo Cezar Prestes, diretor do MARGS, uma referência fundamental para a histórias das artes visuais. Pintor, desenhista e gravador gaúcho, Pedro Weingärtner (1853-1929) passou boa parte de sua vida em Porto Alegre e Europa. Viveu também em cidades da Alemanha, em Paris, em Roma – quando descobriu o vilarejo de Anticoli Corrado – e em Portugal.

Segundo Ruth, suas exposições tiveram uma boa acolhida por parte do público, por ter valorizado especialmente cenas dos imigrantes do sul do Brasil: a dura lida no campo, pequenas vendas, bailes interioranos e carreteiros que tomavam chimarrão em seu descanso. Suas telas em dimensões diversas compõem verdadeiras crônicas de costumes.
De Roma, Weingärtner registrou cenas da vida cotidiana na virada para o século XX, no campo, nos arredores de Anticoli Corrado, com suas luminosas colheitas de trigo e paisagens povoadas por modelos.

O pintor deixou também em suas telas temas como a Antiguidade clássica, banhos romanos, bosques e campos, onde os personagens cuidam de cabras e tocam instrumentos antigos, relembrando figuras mitológicas.

“A riqueza, a variedade e a qualidade da obra revelam um artista excepcional, que refelte os valores de uma época, filtrados pela sensibilidade que o fez eleger na terra natal as figuras de um imaginário próprio, de grande vigor.”, afirma Ruth.

Confesso que só conhecia de nome o pintor, e fiquei impressionada com o domínio pleno do artista de sombra e luz. As flores dos campos, nos seus tempos na Europa, me fizeram ter a sensação de balanço, de movimento, de que sim, eram flores mesmo. O dourados dos trigais eram absurdamente reais, a ponto de brilharem dourado como se o sol estivesse sobre eles. Mas o mais impressionante, para uma leiga como eu em arte, foi o reflexo de copos, tigelas, jarros d’água, de assustar seu realismo, não me lembro, nem mesmo na exposição do ano da França do Brasil que só apresentou grandes nomes, de ter visto algo parecido ou que lembrasse o que Weingärtner fez.

Portanto vale a pena uma conferida!
Mais informações no site www.margs.rs.gov.br


*post escrito a trilha do filme Dans Paris (2006)

Led Zeppelin - Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra

Depois de escrever o post do filme “A Todo Volume”, adivinha o que eu ganheeeei??

A bibliografia do Led Zeppelin!
Sim, sou completamente louca pelo Lez, desde meus 20 anos.
Pouco tempo eu sei, mas as coisas boas sempre chegam para gente, cedo ou tarde.

Led Zeppelin – Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra, foi escrito por um dos radialistas e jornalistas de música mais conhecidos da Grã-Betanha, Mick Wall, que se supera ao escrever, após quarenta anos da criação do Led Zeppelin, a primeira bibliografia realmente definitiva de um dos grupos de rock mais foda de todos os tempos.

Editado pela Larousse, possui 527 páginas entre introdução e bibliografia e mais algumas fotos do grupo em apresentações.

Porque deste post?
Em primeiro lugar porque estou falando de nada mais, nada menos que LED ZEPPELIN.
Em segundo porque quem tem o mínimo interesse em rock tem que ler esse livro, que tem uma narrativa tão leve e tão boa, que o torna praticamente uma cachaça!
Se começa a ler e não se pára mais...
Entre tantas bibliografias que já passaram diante de meus olhos, essa ficou.
Putaquelospario!

segunda-feira, maio 03, 2010

Filme "A Todo Volume"



Assim, na verdade entendo pouco de cinema.
Sei que gosto de filmes espanhóis, italianos, argentinos, franceses e não vou renegar os alemães apesar da força de choque que tem, sempre são bons. Em suma, gosto mesmo é do circuito alternativo, de cinema estrangeiro.
Para mim o cinema americano parou no máximo nas décadas de 1950 e 1960, onde podemos visualizar o real “cinema clássico”.
Não que grandes filmes não tenham sido feitos depois, afinal a “Era de Aquário”, o anos 70, nos trouxeram uma abundante criatividade, anos 80 novas perspectivas..e etc.
Mas enfim, tudo isso para dizer que tenho um filme para indicar.

O filme “A Todo Volume” mostra as histórias pessoais de três guitarristas famosos de gerações diferentes. Jimmy Page (Led Zeppelin), The Edge (U2) e Jack White (The White Stripes). O filme é dirigido por Davis Guggenheim, o mesmo diretor de “Uma Verdade Inconveniente”.

O filme revela como cada um destes músicos desenvolveu seu estilo único e sensacional de tocar a guitarra. Não que não toquem outros instrumentos, mas no filme fica bem clara a paixão de cada um por este instrumento fora de série.
Com depoimento dos próprios, o filme revela como cada uma desenvolve seu processo criativo, como cada um escreve e toca.

Tudo se passa no dia em que os três se encontram para trocar experiências e tocar.
Tocar, tocar e tocar!!
Foi emocionante ver o Jack White tocar em um casarão velho do Tennesse, batendo com o pé no chão, acompanhado de um piano.
Foi lindo ver o Jimmi Page voltando ao Headley Grange e mostrar o hall da casa onde “Stairway to Heaven” foi composta..e as imagens da banda no pátio...u.u..
Foi legal ver toda a parafernália que o The Edge usa para recriar novos sons, novos improvisos, em Dublin.
Mas o mais interessante deste filme, foi mostrar COMO eles chegaram onde chegaram. Os momentos de reflexão de suas vidas e o famoso “porra, poço fazer mais..”.
O momento de (re)descoberta de cada uma sobre sua parte músico, sua parte compositor, sua parte guitarrista.

De novo: Assim, SEN-SA-CI-O-NAL O FILME!!! ^^
Eu já assisti duas vezes, e apesar de não manjar muito de cinema, eu pelo menos GOSTO DE MÚSICA!
Esse filme é para quem gosta ou de cinema, ou de música, ou dos dois!!
Sua primeira aparição, foi no 6º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional, em março deste ano. Sempre assisti grandes filmes neste festival, e em 2010 fui “presenteada” com essa maravilha, porque eu sou MUITO FÃ DE ROCK!!!
O filme também passou no Guion, e agora está na Casa de Cultura Mario Quintana até dia 06 de maio.
Quem não tiver tempo agora, espere que logo vai estar nas locadoras, mas NÃO DEIXE DE ASSISTIR!

Hasta luego!

*post escrito ao som de Ramble On, do Led Zeppelin

terça-feira, abril 20, 2010

Me carreeeeeeeeeuga pra Metz!


Abro o site do Ig e me deparo com o seguinte:
"Metz: A nova capital mundial da arte"
Interessada clico no link e leio o seguinte lead:
"No dia 12 de maio, a cidade de Metz, no nordeste da França, ganha um Centro Pompidou e passa a ter status de capital internacional da arte contemporânea"

Metz, cidade do nordeste francês ganhará um Centro Pompidou no dia 12 de maio.
Como podemos ver na foto, o desing moderno e seu teto em formato de chapéu branco, transformará a cidade em uma das capitais mundiais de arte contemporânea, disputando com Bilbao, NY, Veneza, Londres e a própria Pompidou de Paris.

Com 60 mil obras de arte, o novo museu pretende dar mais espaço às produções dos séculos XX e XXI, pouco valorizado nos museus mais tradicionais.

A abertura foi batizada de “Chefs d´oeuvre?”, com obras em sua maioria provenientes do museu de arte moderna parisiense (Centro Pompidou). No total, 800 obras vão ocupar todos os espaços do edifício, com cerca de cinco mil metros quadrados de espaço expositivo.

A ideia central da primeira mostra é questionar a noção de obra de arte, mostrar sua evolução e as tendências. Haverá pintura, escultura, instalação, artes gráficas, fotografia, vídeo, arte sonora, cinema, arquitetura e design.
A diversidade das expressões artísticas confirmam a vocação multidisciplinar do Centro Pompidou.

Só posso dizer uma coisa diante disso:
Me carreeeeeeeeeuga pra Metz! ^^

Adoro tudo isso, adoro esquipamentos culturais! Ui!

segunda-feira, abril 19, 2010

Uma rapidinha (quase que literal) - Quadrinhos Eróticos de Milo Manara


Sempre consumi quadrinhos, pois gosto muito dessa alternativa à literatura tradicional.
Claro que não estou falando de quadrinhos infantis, pois temos ainda a mania de estigmatizar HQs ao estilo Turma da Mônica (que inclusive adolesceu nos últimos tempos..).
Me refiro a quadrinhos adultos, os graphic novels, a evolução natural aos enredos mais complexos e do próprio formato, que nessa caso é diferenciado - livros, muitas vezes de capa dura ou mesmo revistas com grande número de páginas. Nomes que são exemplos das GN: os grandes mestres Neil Gaiman (Sandaman - primeiro autor a trazer referências à mitologia e a psicologia aos HQs), Frak Miller (300 de Esparta) e Alan Moore (V de Vingança e Watchman) .

No caso das GN sabemos que todo o processo de produção é pensando, o roteiro é extremamente elaborado, e possui exatamente o mesmo peso que a arte em sim, a grafia e etc.
Confesso que minha proximidade começou com os mangás, quadrinhos japoneses (gêneros shoujo e shonen), aos 17 anos, e daí para frente me afundei mais ainda, pois tenho coleções inteiras!

Por saber desta minha paixão por quadrinhos, meu amigo Léo me deu de presente a história "Encontro Fatal" de Milo Manara, um dos maiores referências em HQs. Capa dura, edição de colecionador mesmo, vide foto do post.
Milo é italiano, natural de Luson, nascido em 1945.

Um dos lugares que tem a produção mais requintada em se tratando de HQs, a Itália de Manara tem outros nomes de tradição como de Gianluigi Bonelli (Tex) e Hugo Pratt (Corto Maltese).

Manara trata de temas como bondage (tipo específico de fetiche, geralmente relacionado ao sadomasoquismo), sadismo, voyeurismo, coisas sobrenaturais, e a tensão sexual sob diversos aspectos da/na sociedade.
Claro que Milo não trabalhou só com isso, mas minhas histórias preferidas, são as que contém justamente essa vertente erótica fantástica, sendo essa característica que o transformou numa referencia mundial nesse gênero.
Segundo conhecedores: "Os quadrinhos de Manara geralmente giram em torno de mulheres elegantes, bonitas, expostas a cenários e enredos eróticos improváveis e fantásticos."
E realmente, É SEN-SA-CI-O-NAL!

Lembro de ter lido numa revista Aplauso de 2008 uma reportagem sobre a ascensão dos quadrinhos, visto que a complexidade das histórias vai muito além de herói, vilão e donzela em perigo. Nela dizia que nunca HQs foram tão consumidos como nos dois últimos anos. Bom para nós! ^^

Informação de utilidade pública: Todo primeiro sábado do mês rola no Mercado Público uma "feira" de gibis, eu já fui e comprei um Tex!..ehehehehe!
Descobri outros dois lugares em Porto Alegre que enriquecem o mercado dos HQs, a Tutatis Revistaria (Av. Assis Brasil) e o Gibi Bar (Bom Fim - www.gibibar.blogspot.com) que une gibis e gastronomia!

Pretendo ir logo no Gibi Bar, pois não teria coisa mais linda juntar Manara, vinho e pratos italianos!!

domingo, abril 18, 2010

Show Placebo - Tour Battle For The Sun

O Placebo se apresentou em Porto Alegre no dia 13 de abril, e fez um show sensacional no Pepsi On Stage!
E não, não é apenas a opinião de uma fã, fui esperando quase nada, além das típicas músicas boas.
Pensei eu com meus botões: "um cantor belga, um baixista suéco e um novo baterísta (belamente tatuado diga-se de passagem)norte-americano, 'deusdocéu', o que vai ser isso no palco??"

O show apresentava o novo trabalho da banda "Battle for the Sun", que sem sombra de dúvida vou consumir desenfreadamente. Eu que conhecia só duas músicas desse trabalho, me surpreendi de ver a geral cantando junto.
A banda revisitou também velhos sucessos como "Special Needs", "Taste In Men", "Special K", "Infra-Red" e a clássica "Every You Every Me".

Mas como abril tem sido o mês dos "bons momentos e das surpresas agradáveis", a presença de palco enooooooorme da banda foi a grande surpresa da noite.
Brian Molko, vocalista, conversou, sorriu, riu e agradeceu aos fãs em português diversas músicas. O baixista, Stefan Olsdal, cantou, puxou palmas e mãos ao ar nas baladas depressivas. O batera Steve Forrest, prefiro nem comentar para não me comprometer...u.u..

Impressionante, quase chocante a discrepância entre as fotos tão "blasè" da banda e o que vi no palco. A simpatia chocou, prontofalei!!!!
E o show, e o profissionalismo, e os arranjos, as distorções, a pianista clássica, Fiona Brice, que também tocava violino...Palavras para explicar 1h30min de show não são suficientes.
Ressalvo, justamente, a base dada por Nick Gravilovich e William Lloyd, na guitarra, baixo e teclado.


Mas como sou uma pessoa legal, vou colocar aqui o repertório desse show, que segundo Molko, não muda quase nunca, para você que não conhece, começar bem, muito bem!
"For What It's Worth"
"Ashtray Heart"
"Battle For The Sun"
"Soulmates"
"Speak in Tongues"
"Follow the Cops Back Home"
"Every You Every Me"
"Special Needs"
"Breathe Underwater"
"Julien"
"The Neverending Why"
"Bright Lights"
"Devil in the Details"
"Meds"
"Song to Say Goodbye"
"Special K"
"The Bitter End"
Bis
"Trigger Happy"
"Infra-Red"
"Taste in Men"

Fotos, fotos, fotos!



Créditos: Amália M.

Capa do cd, lançado em 2009.


Queria agradecer especialmente a minha amiga Elyedre que dividiu esse grande momento comigo, uma beja beeeeem estalada!^^


*post escrito ao som de "Protège-moi" do Placebo.

sábado, abril 17, 2010

Léon Ferrari e Mira Schendel - EXPOSIÇÃO: O Alfabeto Enfurecido


Crédito: Léon Ferrari - Cuadro escrito, 17 de dezembro de 1964 - foto para divulgação.


Segundo grande momento do mês de abril, misto de dica com guia cultural/turístico, foi a visita ao Iberê Camargo que trouxe a Porto Alegre a exposição "alfabeto enfurecido" de Léon Ferrari e Mira Schendel.

Dia 11 de abril, um belo dia de sol, acompanhada de um amigo sensacional, Léo Ongaratto, (re)descobri todo o significado que a linguagem pode alcançar através da ótica de dois artistas.

Com curadoria de Luis Péres-Oramas a exposição veio direto do MOMA (Museu de Arte Moderna de Nova York) sob os auspícios do seu Conselho Internacional em colaboração com a Fundação Iberê Camargo e o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia de Madri, senti que a cidade fez parte, novamente, do mapa mundial, afinal uma exposição dessa proporção me fez lembrar a do Miró no Santander Cultural em 2006, e a exposição em comemoração ao Ano da França no Brasil no MARGS sobre o realismo francês em 2009, apesar de propostas completamente diferentes.

Léon e Mira, segundo o curador, são os artistas latino-americanos mais importantes do século XX. Ambos, que produziram nas décadas de 1960 a 1980, na Argentina e no Brasil, fazem parte de um período conturbado nos dois países, a repressão política, as voltas de golpes de estado. Mas não só isso ajuda a compor seus trabalhos, que até então não se conheciam, mas o privilégio dado a linguagem como matéria visual e de conteúdo.

Para Oramas o que distingue a obra desses artistas é que "as obras propõem uma arte não apenas centrada na linguagem como protagonista ideal, pois Schandel e Ferrari se interessam mais no aspecto da linguagem, cujos trabalhos manifestam e mostram a linguagem encarnada e vinculante, a linguagem como materialidade escrita e vestígio [...]."

Não tenho como explicar, as obras são instigantes, questionadoras, curiosas, um misto de sentimentos e percepções. Gosto de obras que me causam esse tipo de sensação.

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Agora para dar cabo da "dica", depois de duas horas olhando as obras, Léo e eu fomos para a cafeteria do Iberê. Infelizmente não tivemos como sentar de frente para o Guaíba, mas dentro do café também é deveras agradável.
Não tínhamos como ir embora sem eu provar o dito "mil folhas" que o Léu me falou durante todo o caminho até chegarmos ao Iberê.
Nos sentamos e pedimos o "mil folhas de doce de leite", uma verdadeira delícia de fato! Sabe assim, massa crocante, doce de leite boooom...delícia³!!!
Para beber, eu pedi um tradicional chá de frutas vermelhas, pois sempre fico entre esse ou maça com canela (único momento que consumo qualquer coisa de canela); e o Léo pediu o "In Love", que mistura café e leite condensado. Não gosto de café, mas tive que provar essa mistura e confesso que achei bem interessante o sabor.

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Enfim, foi um dia maravilhoso!
Se houver a oportunidade, faça o mesmo! ^^


A exposição é de 08 de abril a 11 de julho.
Mais informações: www.iberecamargo.org.br


Crédito: Mira Schendel - sem título, da série Objetos Gráficos de 1967 - foto para divulgação.

DICA DE CD - MÊS ABRIL - KEANE - Ander The Aron Sea



Vamos começar pela ordem das coisas.
Março foi muito intenso, tudo acontecendo ao mesmo tempo, portanto não vivi, apenas sobrevivi.(hehehehehe!)
Já abril tive gratos acontecimentos que falarei na sua ordem.(de baixo para cima, no caso da configuração desse blog!)

Começo com a dica do mês de abril de 2010, a primeira dica musical do ano.
Acho que posso dizer que graças a amigos muito antenados e especiais conheço muita música boa.
A dica que vou dar é o Keane, o "Ander the Iron Sea", segundo trabalho deles de 2006.
Ok que estou atrasada, muito eu sei. u.u..
Nessa época até em rádio eu trabalhava, mas juro que o som não me chamou tanta atenção, achei legal sabe, aquele tipo de som que bate e que tu chega até a cantar, mas né, sem aquela emoçãããããããão toda e tal.
Mas daí, já em 2010 um amigo músico me diz: "Cara, vale a pena escutar com mais carinho, os caras são bons, a primeira música desse cd é a minha preferida..."


E lá se foi a Amália, com o cd para casa sem grandes expectativas.
E veio então a primeira música "Atlantic". Me emocionei, não no sentido de "nooossfffa que música", mas gostei realmente do som, da batida, da letra, tudo fechou. E quando a primeira música já me bate, normalmente o cd já me desce redondo, e assim a profecia se concretiza.

Desse cd acho que badalou nas rádios "Is it Any Wonder?".
Eles tem mais dois trabalhos, o "Hopes and Fears" de 2004 e o "Perfect Symmetry" de 2008. Não conheço, mas vou me coçar para ver o que eles me apresentam.

Destaco das 11 faixas desse cd: Atlantic, Nothing In My Way, A Bed Dream, Crystal Ball, Try Again e The Frog Prince.

sábado, fevereiro 20, 2010

É, só eu sei...



É, só eu sei, quanto amor eu guardei
Sem saber que era só pra você
É, só tinha que ser com você
Havia de ser pra você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você
É, você que é feita de azul
Me deixa morar neste azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonito demais
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

Composição: Antonio Carlos Jobim / Aloysio de Oliveira




Bom, entre tantos bobos,
entre tantos trouxas,
cegos,
surdos,
mudos,
burros,
loucos,
...
entre tantos apaixonados
fica aqui minha singela homengam. ^^

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Sempre




o mais lindo, meu bem, é que a vida segue.
sempre.

domingo, novembro 01, 2009

DICA MÊS DE OUTUBRO - NINA SIMONE - I Put A Spell On You



Acho um ótimo começo para quem não conhece Nina Simone.
No cd 'I Put A Spell On You', ela faz uma mistura que vai desde músicas românticas, sensual - perfeita pra um pau de puta(ehehehehe), a músicas que lembram trilhas sonoras de filmes da década de 50, 60, tipo os da Audrey Hepbur!
Diversificada, Nina Simone vai de soul, jazz, blues, folk, até reggae ela já cantou.
Uma voz forte e vibrante, um piano sensível e arrebatador.
Nina é isso e muito mais, esse cd vale cada segundo!

Outros trabalhos dela como 'Little Girl Blue' e 'Wild Is The Wind' também são muito, muito bons, mas conceituais demais para quem está ouvindo ela pela primeira vez, assim como o Baltimore é muito 'pop', com batidas muito 'modernas'.

Destaques do I Put A Spell...: tomorrow is may turn, marriage is for old folks, take care of busniness e a SENSACIONAL feeling good.

!

a ilusão de controle é uma delícia.








e eu sou completamente descontrolada!
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

Mais um idiota??



Como não se sentir um idiota diante das coisas em que acreditamos profundamente e que não dão certo??
Como deixar de acreditar em fatos, quando os sinais você já ignora faz tempo???
Como não se sentir um idiota diante das escolhas erradas e no fim acreditar piamente que a única coisa que você perdeu, foi seu precioso tempo...
Sem essa de ‘pessoa maravilhosa’, sem essa de ‘valeu a tentativa’, sem essa de 'faz parte do processo'...são só frases de efeito que se usa para qualquer situação na vida quando a coisa não é como se quer.

Como não se sentir um idiota ao concluir uma faculdade que não foi o que você esperava?
Como não se sentir um idiota ao se entregar pra alguém que no fundo não soube, não sabe e provavelmente não saberá o quanto você vale?
Como não se sentir um idiota em uma entrevista de emprego ao perceber que você É mais qualificado que a maioria, mas um belo par de peitos ou um braço de 36cm é selecionado??

É meu amigo, bienvenido ao mundo real!
A rapadura é doce, mas non é mole! ..ehehehehehe!

A questão hoje é: como não se sentir um idiota?
Tem escritor que diz que ‘tudo vale a pena quando a alma non é pequena’...u.u..
pffffffff''' Loser.
Quem se sente um idiota não pensa assim, quem se sente um idiota, um bobo, um imbecil não pensa assim de jeito nenhum, e ainda é provável que vá tomar um trago para dar aquela aliviada na tensão.

Às vezes o tempo passa e ainda nos sentimos idiotas.
Às vezes quando achamos que não vamos mais agir de forma estúpida, o ser humano por natureza, SEMPRE se supera cometendo o MESMO erro mais algumas vezes.
Na verdade somos um bando de palhaços.
Isso serve pra tudo na vida, somos um bando de palhaços que com certeza anima e faz gargalhar alguém... (acima de nós?? será?? será o sarcasmo dele é tão apurado assim??)

As favas com essa coisa de fazermos, arriscarmos, nos expormos, errarmos e aprendermos com nossas experiências.
As pessoas têm condições de aprender com os erros dos outros (observação, saca?).
Faça sua escolha quando já tiver certeza dos resultados.
Aposto se souber que vai ganhar.
Faça o que tiver que fazer pra ficar bem.
Lide com o que você tem, não invente.
Acredite nos fatos, suposição e hipóteses são coisas de pesquisadores.
Seja realista, vejo o que está a sua frente, não fique inventando desculpas para o que acontece.... essa coisa de síndrome da vítima tem idade.
Não fique tentando ver o que que ha 'por trás', pois na maioria dos casos não tem anda.
Se a pessoa te disse 'a', ela NÃO te disse 'ab' ou 'a1'.

Óbvio que faz parte do jogo todo esse esquema arriscar, supunhetar, acreditar, se entregar e mimimi... mas enquanto você puder fazer esse jogo ficar interessante para você, faça.

O que tem que ser é, acontece.
Sem frescuras, sem cú doce, sem demora, sem procura, sem sumiço, sem encontro. Acontece.
Ninguém espera nada, ou pelo menos não deveria.
O tempo por acaso pára??

Pedras que rolam não criam limo.
Seja mais um idiota diante de tanto idiotas, assim como eu e como você!



*Escrito ao som de La Vérité e Merde à L’amour do Vive la Fête.

domingo, setembro 27, 2009

Acho que fiz bem

"Pedi a ele uma DEFINIÇÃO. Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. No plano REAL: que história é essa? No que depende de mim, estou disposto & aberto. Perguntei a ele como se sentia. Que me dissesse. Que eu tomaria o silêncio como um não e ficaria também em silêncio. Acho que fiz bem."

Caio Fernando Abreu


Um amigo tem esse texto em seu perfil.
Não sou dada a agrados, pois sou difícil, muito.
Mas deste pequeno texto me agradei, muito.
Ele diz tudo, tudo o que deve sem dúvida nenhuma ser dito, o resto da conversa são suspiros, olhos com algumas lágrimas, ou mesmo surpresa.

Pelo menos creio que é certo.
Na simplicidade pra resolver toda e qualquer situação, e principalmente nas deste tipo.
Segue-se em frente, foca-se em outras coisas.
Sabendo do seu valor, o resto passa a ser brinquedo, pois se você sabe o que você é e principalmente o quanto vale, TUDO se resolve.
Desapego faz parte do processo.
Reciprocidade e consideração é fundamental.
Um é um, dois são dois. São diferentes, mas ainda sim, dividir e multiplicar deveria ser o combustível e quando não é, termina.
A boca fala - pelo menos deveria.
O silência fala - muito mais do que deveria.
É assim que se percebe as coisas, pelo menos é como percebo.
Detalhes, são apenas isso detalhes, para que haja clareza, tem que estar diante dos olhos, na cara, e para ser perfeito, a centímetros.
Dos meus exageros, não espero simplicidade dos outros, na verdade não espero nada dos outros.
Espero de mim, das minhas certezas, da pessoa que eu sou (e só eu sei) e da pessoa que eu quero me tornar.
Defini assim, e assim vai ser, até que eu mude de ideia.
Acho que fiz bem.



*escrito ao som de I know do Placebo.