domingo, agosto 27, 2006

Mitos do amor


Acho que desde que comecei a escrever no meu blog nunca tinha falado sobre esse assunto, o amor!
Só que como ñ ando muito inspirada..na verdade NADA inspirada decidi procurar alguma referência que desse ao amor, todas as coisas que ele nos faz sentir. Daí unindo o útil ao agradável, sendo eu uma admiradora de mitologia grega, escolhi uma história de amor belíssima, uma história que comove pela delicadeza com a qual um deus se apaixona e descreve esse amor... Provavelmente a algumas pessoas ñ agradará o final do mito, mas aí está agraça, porque na mitologia grega os deuses são quase tão humanos quanto os próprios humanos, porque na vida real nem sempre o final é feliz.
Deleitem-se!

Dafne foi o primeiro amor de Apolo. Não surgiu por acaso, mas pela malícia de Cupido. Apolo viu o menino brincando com seu arco e suas setas e, estando ele próprio muito envaidecido com sua recente vitória sobre Píton, disse-lhe: - Que tens a fazer com armas mortíferas, menino insolente? Deixe-as para as mãos de quem delas sejam dignos. Vê a vitória que com elas alcancei, contra a vasta serpente que estendia o corpo venenoso por grande extensão da planície! Contenta-te com tua tocha, criança, e atiça tua chama, como costumas dizer, mas não te atrevas a intrometer-te com minhas armas.
O filho de Vênus ouviu essa palavras e retrucou: - Tuas setas podem ferir todas as outras coisas, Apolo, mas as minhas podem ferir-te. Assim dizendo, pôs-se de pé numa rocha do Parnaso e tirou da aljava duas setas diferentes, uma feita para atrair o amor; outra, para afastá-lo. A primeira era de ouro e tinha a ponta aguçada, a segunda, de ponta rombuda, era de chumbo. Com a seta de ponta de chumbo, feriu a ninfa Dafne, filha do rio-deus Peneu, e com a de ouro feriu Apolo no coração. Sem demora, o deus foi tomado de amor pela donzela e esta sentiu horror à idéia de amar. Seu prazer consistia nas caminhadas pelos bosques, sem pensar em Cupido nem em Himeneu. Seu pai muitas vezes lhe dizia: "Filha, deves dar-me um genro, dar-me netos." Temendo o casamento como a um crime, com as belas faces coradas, ela se abraçou ao pai, implorando: "Concede esta graça, pai querido! Faze com que eu não me case jamais!" A contragosto, ele consentiu, observando, ao mesmo tempo, porém: - O teu próprio rosto é contrário a este voto.
Apolo amou-a e lutou para obtê-la; ele, que era o oráculo de todo o mundo, não foi bastante sábio para prever o seu próprio destino. Vendo os cabelos caírem desordenados pelos ombros da ninfa, imaginou: "Se são tão belos em desordem, como deverão ser quando arranjados?" Viu seus olhos brilharem como estrelas; viu seus lábios, e não se deu por satisfeito só em vê-los. Admirou suas mãos e os braços, nús até os ombros, e tudo que estava escondido da vista imaginou mais belo ainda.
Seguiu-a; ela fugiu, mais rápida que o vento, e não se retardou um momento ante suas súplicas: - Pára, filha de Peneu! - exclamou ele. Não sou um inimigo. Não fujas de mim, como a ovelha foge do lobo, ou a pomba do milhafre. É por amor que te persigo. Sofro de medo que, por minha culpa, caias e te machuques nestas pedras. Não corras tão depressa, peço-te, e correrei também mais devagar. Não sou um homem rude, um campônio boçal. Júpiter é meu pai, sou senhor de Delfos e Tenedos e conheço todas as coisas, presentes e futuras. Sou o deus do canto e da lira. Minhas setas voam certeiras para o alvo. Mas, ah!, uma seta mais fatal que as minhas atravessou-me o coração! Sou o deus da medicina e conheço a virtude de todas as plantas medicinais. Ah! sofro de uma enfermidade que bálsamo algum pode curar!
A ninfa continuou sua fuga, nem ouvindo de todo a súplica do deus. E, mesmo a fugir, ela o encantava. O vento agitava-lhe as vestes e os cabelos desatados lhe caíam pelas costas. O deus sentiu-se impaciente ao ver desprezados os seus rogos e, excitado por Cupido, diminuiu a distância que o separava da jovem. Era como um cão perseguindo uma lebre, com a boca aberta, pronto para apanhá-la, enquanto o débil animal avança, escapando no último momento. Assim voavam o deus e a virgem: ela com as asas do medo; ele com as do amor. O perseguidor é mais rápido, porém, e adianta-se na carreira: sua respiração ofegante, já atinge os cabelos da ninfa. As forças de Dafne começam a fraquejar e, prestes a cair, ela invoca seu pai, o rio-deus: - Ajuda-me, Peneu! Abre a terra para envolver-me, ou muda minhas formas, que me têm sido fatais!
Mal pronunciara estas palavras, um torpor lhe ganha todos os membros; seu peito começou a revestir-se de uma leve casca; seus cabelos transformaram-se em folhas; seus braços mudam-se em galhos; os pés cravam-se no chão, como raízes; seu rosto tornou-se o cimo do arbusto, nada conservando do que fora, a não ser a beleza.
Apolo abraçou-se aos ramos da árvore e beijou ardentemente a madeira. Os ramos afastaram-se de seus lábios. - Já que não podes ser minha esposa - exclamou o deus - serás minha planta preferida. Usarei tuas folhas como coroa; com elas enfeitarei minha lira e minha aljava; e quando os grandes conquistadores romanos caminharem para o Capitólio, à frente dos cortejos triunfais, serás usada como coroas para suas frontes. E, tão eternamente jovem quanto eu próprio, também hás de ser sempre verde e tuas folhas não envelhecerão.


*Tela de Apolo e Dafne, obra de Cornelio de Vos.
** Fonte do mito: http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/apoloedafne.htm

Quando Paris Alucina!


Audrey Hepburn... esse é o nome simplesmente!
Dia desses eu estava a fim de assistir um daqueles clássicos do cinema. Não deu outra, ñ pensei em outra atriz que eu pudesse querer ver que ñ fosse a menininha americana Audrey Hepburn!
Loquei Quando Paris Alucina (1964), onde ela atua como Gabrielle Simpson datilógrafa que ajuda o roteirista Richard Benson, extremamente charmoso a começar o roteiro de seu filme 'A Moça que Roubou a Torre Eiffell' que se passa na maravilhosa Paris. Toda a confusão começa quando ele mente ao seu produtor que já tem 138 páginas prontas quando na verdade passou todo o tempo se divertindo..bom daí ja viu, loucara na certa!
Confesso que a princípio ñ achei bonito o mocinho (ou seria o vilão Rick?), ñ a altura dela, mas no decorrer do filme vi nele, um homem que toda mulher gostaria de ter ao lado.. sedutor, charmoso, elegante, audaz, um belo sorriso, inteligente e envolvente. Mas ela, ñ tenho o que dizer, delicada, gentil, frágil, bela, transmitia nos olhos o que o papel queria que ela transmitisse para as telas, como disse o próprio Richard na trama, senti que nascera uma paixão inconsciente no momento em que os personagens Gabby e Rick se encotraram na trama, e eu junto pelo roteiro de uma história de amor extremamente meiga, divertida e cativante.
Fazia tempo que ñ sentia essa nostalgia gostosa, essa sensação leve de ver um filme bom, com uma história bonita, de ver que o cinema ainda pode nos mostrar que existe doçura nas telas. Na realidade filmes de luta, drogas, favela, épicos, crítica social, romaces, comédias, documentários, são legais, necessários até, mas nos mostram o quanto nós perdemos a inocência, o quanto estamos ficando piores, duros, secos por dentro, o quanto as coisas estão frias e corporais. Realidade é realidade, mas massacra se ñ tiver uma dose pequena de fantasia, de sonho.
Me encantei com o filme como uma criança pequena que assiste pela primeira vez um clássico da Disney.
Intenção desta postagem?
Fugir da realidade, se encantar com filmes como este é muito bom!
É bonito, é encantador ver como a química entre ator e atriz, personagens, história e Paris se enlaçam!
Beira ao mágico!

sábado, agosto 26, 2006

Step Into My World



Step into my world
Uh-huh, yeah, yeah
Whooaaaa
Uh-huh, yeah, yeah
Whooaaaa

Like a moth
To a flame, you know you're drawn to me
I know you
Better than you know yourself, baby
Why do you
Try to resist what you want, honey
I want you
To give me what I need, listen closely

I need you to
Hold on me
I need you to
Kiss on me
Feel your body
Next to me
I want you to
I need you to
Want you to give
Into me
Want all of you
Everything
Ecstasy (will)
I will bring
You everything

[Chorus:]
Step into my world
Where there's countless things to see
Endless possibilities
Let me take you to a place where desires flow deep
See an odyssey of dreams
And the best of fantasies
All this for your eyes only
Ooh, step into my world

Close your eyes
And let your feelings now take over
It's alright
I'm intoxicating you though you're sober
You inside
The thought alone is so overbearing
Boy tonight
You just follow my lead from here and

I need you to
Hold on me
I need you to
Kiss on me
Feel your body
Next to me
I want you to
I need you to
Want you to give
Into me
Want all of you
Everything
Ecstasy (will)
I will bring
You everything

Step into my world
Where there's countless things to see
Endless possibilities
Let me take you to a place where desires flow deep
See an odyssey of dreams
And the best of fantasies
All this for your eyes only
Ooh, step into my world

Where there's no reality
Time itself means nothing
It's so hypnotizing
It brings you to a state of natral high
See how my words, they get to ya
Creates the the lift that's haunting ya
Yes, that's it, hold on to ya
Ooh, welcome to my world

My world

Where desires flow deep

Fantasies

Oooh, step into my world
Where there's countless things to see
Endless possibilities (oooh)
Let me take you to a place where desires flow deep
See an odyssey of dreams (odyssey of dreams)
And the best of fantasies
All this for your eyes only
Ooh, step into my world

Uh-huh
Whoooa
Uh-huh
Whoooa

A música dispensa comentários....


se você ñ quiser se cansar traduzindo acesse
http://jennifer-lopez.letras.terra.com.br/letras/185069/
(música do cd Rebirth da Jennifer Lopez)

quarta-feira, agosto 09, 2006

A busca constante ao equilíbrio e auto-conhecimento – Uma neurose minha e de muitas pessoas


Sim, este é um daqueles textos sobre a busca do auto-conhecimento e equilíbrio que todo mundo já leu em revistas como Saúde, Corpo e Mente, ou qualquer revista (mesmo as mais pobres em conteúdo ou conteúdo sensacionalista) que tenha ao menos uma sessão ‘auto-ajuda’ ou a aquelas perguntas para o psicólogo no ‘Dr.Astolfo* responde’.
Não tenho nenhum preconceito contra psicólogos, nem com nenhum material escrito sobre esse assunto, apenas penso no efeito que isso tem sobre minha vida e sobre a vida das pessoas. Será mesmo que eles ajudam? Será que um bom amigo ñ é capaz de dizer tudo o que um bom psicólogo diz só que de forma mais franca e descontraída, sem aquela tensão de consultório?...Será que a conversa franca e relaxada com uma pessoa mais velha ñ seria o suficiente?... provavelmente ao mesmo tempo em que essas conversas acontecem respostas vão surgindo, mas dúvidas também e na mesma proporção.
Tenho o costume de achar sempre algo sobre alguma coisa, filosofo muito e a cada dia que passa percebo que quanto mais consciência temos das coisas, a tendência a tristeza é maior e que quanto mais ignorantes somos, mais tranqüilos podemos viver. Percebo que o que eu penso provavelmente é o inverso, sem relação nenhuma ao certo ou ao errado. Precisamos de certo e errado para viver?.. Todos acreditamos em alguma coisa, temos fé, nas pessoas, na sorte, no que sentimos, mas até onde isso é válido? Sei que pareço os poetas do séc.XIX autores dos romances românticos, aqueles que idealizavam o amor e ñ tinham esperanças de nada concreto, que ñ acreditavam em nada, que morriam jovens e belos. Tirando a parte do drama dos românticos, até onde vai a nossa crença em algo maior e em nós mesmo? Os livros tem a resposta, ou pelo menos dizem ter, mas até onde elas se encaixam nos dramas pessoas de cada um? Até onde elas nos respondem as duvidas da alma? Até onde vai a eficácia de ler num livro que se você for assim você será visto assado?...Um livro que diga, faça isso porque você se sentirá melhor, você se tornará uma pessoa melhor, mais forte, mais querida(o), mais desejada(o).. como podem generalizar dessa maneira?... queria entender?
Desejo apenas sorte as pessoas que usufruem de guias de auto-ajuda. Sorte em conseguir realmente uma resposta que ajuda e ñ que generalize, uma resposta que te faça refletir e que ñ te aliene.
Até hoje busco respostas pra certas atitudes minhas, decisões, escolhas, justificativas ou respostas para certos acontecimentos em minha vida, perguntas típicas como ‘porque isso (só) aconteceu (acontece) comigo?’..mas daí inevitavelmente vem a pergunta: Porque me faço esses questionamentos?..De repa seja melhor eu calar, ñ pensar, ñ questionar, deixar as coisas acontecerem.. MAS será que esperar é melhor?..
Não existem livros que respondam a tudo, para minha infelicidade e certamente de muitas pessoas! Deviam publicar..
Será que na medida em que eu for crescendo, tendo mais experiências, quando eu já tiver vivido mais vou continuar a me questionar?..

*nome fictício, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

domingo, agosto 06, 2006

Perfil



Acontecimentos recentes me fizeram refletir sobre essa palavra e alguns dos seus significados. Não vou me referir aqui ao sentido denotativo, mas sim ao significado conotativo, que costumamos dar as palavras que ñ seja o tradicional, o correto, que esteja no amança burro.
O que seria perfil? Acredito eu, em minha limitada concepção, que seja um conjuto de características, que sejam necessárias ou que se adequem a uma determinada situação, no meu caso a uma posição.
O que seria ter ou não prefil? Bom, ter perfil é possuir essas caraceteristicas. Não ter essas características implica em ñ possuir esse perfil... lógico, se ñ fosse totalmente subjetivo!
Repito a pergunta de forma mais contundente: O que é exatamente o perfil?
é ser competente, é ter espírito de equipe, é sentir prazer no que faz, é ser inteligente, é ser bonito(a), ser sagaz, metido(a), ambicioso(a), prestativo(a), aprender com os erros e mais que isso ter humildade de reconhecê-los,ser obediente, ser questionador(a), ser inquieto(a), saber argumentar (etc... com muitas reticências)?!
Queria poder entender o que faz uma pessoa deixar de ter perfil para alguma coisa, ou o que faz essa pessoa ter esse perfil para fazer determinada coisa...
Será que são as mudanças, será que são as pessoas, será que são as pessoas mudando?
Será a evolução pessoal, será o desejo de superação, será o repúdio a monotonia?..
Para mim ainda paira uma névou sobre esse assunto, pois queria saber os critérios que levam ao perfil, a essa criação, as expectativas, a essas características, as atitudes, ou a falta dela...Queria que o perfil fosse desenhado e delimitado pela razão, pelos fatos, pelos resultados, e ñ por suposições e ñ por sentimentos, pois estes são subjetivos,ou ao menos que houvesse um equilibro entre razão e sentimento (porque nada em demasia nessa vida e bom).
Sem recentimentos, pois as vezes você é ou ñ é o perfil.
Será então que o perfil é subjetividade?..Sinônimos?
Será que María Montez com esse belo perfil, realmente tinha as características para ser uma estrela de Hollywood? Alguém com certeza achava, se ñ ñ teria feito filmes.
Será que Sara Sánchez ao debruçar-se sobre a tela e com a tinta nas mãos pensou na personificação do perfil de forma objeitva, denotativa, conotativa ou subjetiva?...

Ilustrações:
-Tela em óleo de Sara Sánchez; estudou arte na escola de Artes Plásticas e Desenhos de Valladolid, Espanha. Técnica Superior em Ilustração.
-Foto de María Montez, pseudonimo de María Antonia Africa Gracia Vidal di Sacro Silas de Barahona, Republica Dominicana; foi uma famosa atriz de Hollywood na década de 40.